terça-feira, 10 de abril de 2012

embroidery_04.jpgculture_02.jpgO bordado faz parte da cultura e da história da Madeira e foi originalmente introduzido pela família inglesa Phelps que se instalou na ilha em 1784. Tudo começou com a filha mais velha de Joseph Phelps, Elizabeth, que em 1854 fundou uma escola em sua casa e, seguindo desenhos originais seus, ensinou crianças e mulheres a bordar. Estes bordados inicialmente eram vendidos de forma privada a amigos da família e só mais tarde se expandiu a venda a turistas. Tornaram-se populares e muito procurados na Ilha da Madeira na sequência duma exposição no Funchal e mais tarde venceram vários prémios no International World Trade Exhibition em Londres.

Em 1860 o bordado era já uma indústria bem estabelecida. Estimava-se que havia cerca de 70,000 bordadeiras nessa altura na Madeira.

Os tecidos usados na indústria do bordado são linho, seda, algodão e organdi. Destes são feitas toalhas de mesa, vestidos, camisas, lençóis e delicados lenços.

As fabricas do bordado da madeira localizam-se no Funchal mas tradicionalmente as bordadeiras fazem o trabalho de bordar em casa, um pouco por toda a ilha.
As fábricas fornecem às bordadeiras o material e depois de bordado recebem-no de volta, terminando o processo de produção para depois vender e exportar para todo o mundo.

Os desenhos usam padrões tradicionais e modernos que são ligeiramente impressos directamente no tecido como guia. Depois o tecido impresso é distribuído às bordadeiras em conjunto com as coloridas linhas de bordar por toda a ilha da Madeira e do Porto Santo. Na fase final, após ter sido bordado, o pano é devolvido à fábrica onde é verificado, cortado, lavado e prensado, e finalmente verificado de novo e é nessa altura que recebe o selo que garante a sua qualidade e perfeição. Só então é que está pronto para ser vendido ou exportado. O Bordado Madeira tem ganho muitos prémios, sendo o mais recente galardão a edição 2008 do New York Home Textile.
Festa das vindimas
 
 
A freguesia do Estreito destaca-se das restantes pelo grande desenvolvimento comercial, sendo a actividade mais característica a agricultura, onde a cultura da vinha assume papel relevante.
Em sua honra realiza-se todos os anos, no final do Verão, a “Festa das Vindimas”, considerado o mais importante certame cultural e promocional da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.
A festa teve lugar pela primeira vez em Setembro de 1963, numa organização da então Delegação de Turismo da Madeira (hoje Direcção regional de Turismo).
Depois de um intervalo, a festa das vindimas volta ao Estreito. Em 1979, como complemento das festas realizadas no Funchal pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura. Consta de grande animação musical, com conjuntos musicais, bandas de música e grupos folclóricos. Decorrem desfiles alegóricos, pisa de uvas e ainda uma mostra das actividades da freguesia.
A festa das vindimas, como iniciativa organizada e realizada com objectivos promocionais surge, na Madeira, pela primeira vez em 1938, repetindo-se depois em 1953, ano em que encontramos a freguesia do Estreito de Câmara de Lobos a se fazer representar no respectivo no cortejo realizado, no Funchal, no dia 20 de Setembro, com três carros alegóricos: o primeiro com um grande cesto de uvas, o segundo com uma pipa e alguns objectos de verga, e o terceiro com um pedestal enfeitado a cedro, tendo no cume um retrato a carvão do Sr. engenheiro Amaro da Costa e duas quadras alusivas ao mesmo quadro. Neste camião seguiam alguns produtos da terra, ofertados por pessoas generosas da freguesia.
Em 1993, diariamente teve lugar pisa e repisa de uvas.
Como palco para o novo figurino das festas das vindimas na freguesia do Estreito, seria escolhido a rua de João Augusto de Ornelas, que, a partir de 1991 seria transformada numa grande alameda, na margem da qual seriam instalados os stands de mostra de actividades da freguesia e restaurantes. Até 1993 o palco principal das festas seria instalado no fundo desta "alameda", enquanto que o palco e lagar destinado à pisa e repisa das uvas seria instalado no parque infantil localizado no início da rua João
Augusto de Ornelas.
A partir de 1994, ainda que o local das festas se tivesse mantido inalterado, toda a animação passa a ficar concentrada no parque infantil que para o efeito acabaria por ser totalmente destruído, acabando por ser transformado, fora dos festejos, num parque de estacionamento.
Posteriormente, no decurso de 2004 e 2005, o certame passaria para a Rua das Vinhas, situação que viria a desvirtuar a iniciativa, voltando contudo, em 2006 ao local de origem, à rua João Augusto de Ornelas e sendo retomado também o figurino original.

segunda-feira, 2 de abril de 2012




Ver fidy burguer num mapa maior

Vejam a animação na Ilha da Madeira.

Instrumentos musicais 


O seu som saltitante e alegre destingue-se dos demais instrumentos de cordas tradicionais/ populares da Madeira e Porto Santo.
Instrumento de solo, (cantante ou ponteado, como vulgarmente é denominado pelo nosso povo) alegre e gracioso foi, em outros tempos, de grande estima das damas e donzelas madeirenses.
O braguinha tem no cavaquinho o seu homónimo, sendo este instrumento muito popular em terras açoreanas e continente português.


 O bombo desempenha papel fundamental na marcação das cantigas, quer sejam interpretadas pelos grupos de folclore ou de música tradicional e até como acompanhamento dos brincos e romarias, nos grandes arraiais da região.




brinquinhoÉ um instrumento de percussão muito vulgar e popular na Região Autónoma da Madeira e um dos mais queridos, senão o mais querido do povo e dos turistas que nos visitam. Este conjunto de sete bonecos de pano tem, no seu interior, na maior parte dos casos, serradura e são revestidos com trajes típicos do nosso arquipélago, portadores de castanholas, situadas vulgarmente nas costas dos bonecos, dispostos em roda de dois arcos circulares, construídos em arame grosso. Toda esta engrenagem assenta numa cana vieira, possuindo na parte inferior um cabo em madeira (onde o tocador pega, normalmente, com a mão direita), preso a uma verga de arame centralizado no interior da mesma que, por sua vez, é ligado aos arcos circulares, acima descritos, ficando a mão esquerda fixa na cana que suporta todo o este esquema. Toca-se num movimento de acima e abaixo, de modo a ser possível percutir as castanholas.